AVALIAÇÃO
Concebemos a avaliação como algo absolutamente inerente ao nosso trabalho, na perspectiva de uma postura constante de observação, investigação e crítica construtiva em relação à qualificação de nossa prática e intervenções didáticas, procurando conscientizar-nos dos aspectos que estão dando certo e que podemos ampliar, dos que têm de ser modificados, revistos, melhorados e aprofundados e do que ainda tem de ser buscado, inventado, criado em termos de novas alternativas, dentro da própria equipe, em nossos momentos de estudo e trabalho coletivo, através de iniciativas individuais ou de cursos e seminários que frequentamos ou promovemos.
Essa avaliação inclui o professor e sua própria prática, a equipe pedagógica e a proposta da escola, passando pela relação com os pais e comunidade escolar geral, com os alunos e sua própria aprendizagem
"O processo avaliativo parte do pressuposto de que se defrontar com dificuldades é inerente ao ato de aprender. Assim, o diagnóstico de dificuldades e facilidades deve ser compreendido não como um veredito que irá culpar ou absolver o aluno, mas sim como uma análise da situação escolar atual do aluno, em função das condições de ensino que estão sendo oferecidas. Nestes termos, são questões típicas de avaliações:
“A avaliação escolar exige também que o professor tenha claro, antes de sua utilização, o significado que ele atribui a sua ação educativa.”
A avaliação é contra-indicada como único instrumento para decidir sobre aprovação e reprovação do aluno. O seu uso somente para definir a progressão vertical do aluno conduz a reduções e descompromissos. A decisão de aprovação e retenção do aluno exige do coletivo da Escola uma análise das possibilidades que essa Escola pode oferecer para garantir um bom ensino.
A avaliação escolar também é contra-indicada para fazer um diagnóstico sobre a personalidade do aluno, pois sua abrangência limita-se aos objetivos do ensino do programa escolar.
A avaliação escolar é contra-indicada para fazer prognóstico de sucesso na vida. “Contudo, o seu mau emprego pode expulsar o aluno da Escola, causar danos em seu autoconceito, impedir que ele tenha acesso a um conhecimento sistematizado e, portanto, restringir a partir daí suas oportunidades de participação social.”
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Por que não conseguimos alcançar uma avaliação de qualidade no espaço escolar ?
Qual o processo de aprendizagem desenvolvido?
Que resultados produzimos como educadores?
E porque produzimos tais resultados?
Oi Marinalva
ResponderExcluirAlcançar uma avaliação de qualidade só iremos conseguir quando realmente avaliarmos, pois segundo o próprio Luckesi o que temos feito são exames do tipo classificatório, seletivo e excludente, já que não se destina à construção do melhor resultado possível, e sim à classificação estática do que é examinado.
Avaliar seria o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista reorientá-la para produzir o melhor resultado possível, por isso não é classificatória e nem seletiva e sim diagnostica e inclusiva.